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Vendas na Black Friday: seu negócio está preparado?

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A Black Friday 2022 deve movimentar mais de R$ 6 bilhões no Brasil, com 76% dos consumidores interessados em adquirir algum produto no período. A pouco mais de um mês do dia 25 de novembro, é hora de o lojista responder: seu negócio está preparado para as vendas na Black Friday?

Os dados das pesquisas citadas acima – realizadas pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) e pela Ecglobal, respectivamente – são animadores para o varejo, que busca uma recuperação mais robusta após períodos de quedas nas vendas, e ainda se depara com obstáculos econômicos como inflação, desemprego e alta de juros.  

Por isso, os lojistas precisam focar em planejamento estratégico e aproveitar a oportunidade. Aqui no blog, já demos 10 dicas para vender mais na Black Friday. Hoje, vamos falar um pouco mais sobre a organização interna das lojas virtuais, algo fundamental para obter êxito na tradicional data de descontos.

Preparação e concorrência

Voltando à pergunta do início do texto (“seu negócio está preparado para as vendas na Black Friday?”), podemos dizer que temos uma ótima notícia: o e-commerce brasileiro está se preparando com antecedência, sim! Um levantamento do site ReclameAqui, divulgado no início de setembro, revelou que 46,4% das empresas já estavam se preparando para a data.

Mais um motivo que mostra a importância de não perder tempo. E para dar o pontapé inicial no planejamento, nada como “arrumar a casa”. Para isso, vale a pena estar atento a dois pontos cruciais:


1- Gestão de estoque

Manter o estoque atualizado é uma obrigação permanente, mas no período que antecede a Black Friday os cuidados precisam ser redobrados. O primeiro passo é fazer uma previsão de vendas, baseada em sua própria experiência ou em estudos sobre outras edições da data comercial. 

A definição dos produtos que terão desconto exige bastante atenção e pode envolver estratégias diferentes. 

Por exemplo, você pode oferecer descontos em produtos que já são campeões de venda, apostando em comprar grandes quantidades com os fornecedores, a preços mais baixos; também pode aproveitar para destacar produtos que possuem preços mais elevados, e assim atraiam o público por estarem mais em conta; ou ainda pensar em montar kits contendo produtos que chamam mais atenção com outros que estão parados no estoque.

Uma conversa franca com os fornecedores ajudará a ter a noção exata da capacidade de cada um deles atender à demanda esperada na data.


Curva ABC

Iuri Moura, CEO da Emanda, lembra da curva ABC, que caracteriza a importância dos produtos para o lojista – sendo integrantes da curva A aqueles mais importantes (que costumam representar 20% do estoque, mas correspondem a até 80% do faturamento), da B os produtos de importância média (30% do estoque e 15% do faturamento) e da C aqueles menos importantes (50% do estoque, com faturamento de 5%) – para tratar o assunto.

“Com os produtos da curva A, que já saem bastante, não é preciso colocar descontos tão altos. O foco na Black Friday deve ser nos da B e C, é uma ótima oportunidade para rodar esse estoque. Dá para destacar alguns produtos para atrair mais, com uma margem de lucro mais baixa. O importante é calcular bem essa margem”, afirma.

Para ele, a Black Friday brasileira tem características diferentes da proposta surgida nos Estados Unidos. “Lá, ela surgiu para limpar os estoques das lojas antes do Natal. No Brasil, os clientes antecipam as compras de Natal, então é uma data fundamental para todos os lojistas, que devem estar com o estoque preparado para uma demanda mais alta”, disse.

Outra dica do especialista é para as lojas que estão em marketplaces. “Vale a pena fazer uma reserva de estoque, porque às vezes um produto pode ser vendido ao mesmo tempo em duas plataformas. Com o aumento de acessos no dia, as informações dos sites podem demorar a carregar. Priorize os produtos das curvas C e B nos marketplaces, pois há cobrança de comissão. Outro cuidado é verificar o preço da concorrência durante a Black Friday, e corrigir, se necessário”, destacou.

2- Site

Tudo que o vendedor quer é um pico de procura por seus produtos na loja virtual. E para dar conta do aumento na demanda, é preciso estar com o site funcionando perfeitamente.

Faça muitos testes para verificar a capacidade de conexões simultâneas e se certificar que o consumidor terá uma experiência de compra agradável, sem travamentos, lentidão e outros problemas técnicos. Também é fundamental avisar o cliente claramente no site em caso de produtos esgotados

Segundo Moura, algumas precauções podem evitar dores de cabeça para os vendedores. “É preciso estar atento à parte técnica do sistema, verificar se o pacote de assinatura do domínio tem alguma limitação de quantidade de page views e avaliar se vale a pena fazer um upgrade. Converse com a plataforma que hospeda seu site, confira o certificado de segurança e faça um checklist para ver se tem algo pendente”.

O CEO da Emanda também orientou os usuários do Woocommerce para alguns cuidados. “Faça testes internos para saber até que ponto o site aguenta muitos acessos e evite fazer alterações na interface, por exemplo, perto da Black Friday. Deixe isso para depois, para evitar problemas”, comentou.

Com o estoque e o site encaminhados, você já pode se concentrar na divulgação das suas ofertas. Aproveite as soluções tecnológicas disponíveis para isso. Aqui na Emanda, criamos uma plataforma para lojas virtuais se conectarem e enviarem mensagens de e-mail marketing com campanhas personalizadas, que incluem texto, layout e segmentação de clientes automaticamente.